Como eu comentei no último post, eu pretendo falar sobre O Mágico de Oz. O texto é extremamente denso, eu levei alguns dias para escrevê-lo; nele, eu comentei bastante sobre as influências ocultista da história, da sua perspectiva política e religiosa, das adaptações da mesma e a continuação dessa linha ocultista. O texto vai ser um ajuntado de informações, então tudo o que eu falar serão fatos, e uma junção deles com uma perspectiva conspiracionista. Embora exista um momento em que eu fale a minha opinião sobre o assunto. Então, não é nada superconspiracionista. As fontes e referências serão marcadas por números representando o link. Fiquem atentos, caso queiram conferir as informações, embora eu não pretenda copiar nada, se não traduzir alguns textos e encaixar no contexto do que estou escrevendo - algumas fontes são em inglês, qualquer dúvida é só comentar. Eu vou falar da ligação de Wizard of Oz com o ocultismo e principalmente Crowley. Eu não vou falar muito sobre Crowley porque da pano pra manga. O básico é que ele era um satanista confesso, se auto-intitulava Besta 666 e dizia estar preparando o mundo para o Anticristo. Existem diversas teorias sobre Crowley, então é bem complicado falar sobre o cara. Pra você ter uma ideia, existe até quem fale, que ele seja o bisavô do George W. Bush - o que é um pouquinho provável. De qualquer maneira, não vale a pena falar tudo sobre ele, então, se acabarem ficando interessados, podem me contactar ou dar uma pesquisada. Mas bora lá:

The Wonderful Wizard of Oz foi escrito por L. Frank Baum; ele foi o primeiro livro em uma série de quatorze outros. Embora todos os outros falem sobre OZ, nós iremos falar especialmente sobre esse primeiro. 

Lyman Frank Baum era membro da Sociedade Teosófica. Uma dos fundadores da mesma era Helena Blavatsky, uma grande amiga de Aleister Crowley. Embora Helena tenha criado a Sociedade no dia em que Crowley nasceu, ele era muito mais respeitado pela sociedade ocultista, uma vez que ele é o maior representante da mesma desde século IX até hoje. Ele reconheceu Helena como Praticus na sua sociedade A∴A∴ ou Astrum Argentum no livro "Liber LXXI The Voice of the Silence" além de considerar bastante especial ele ter nascido na data de criação da Sociedade Teosófica. Embora ele não fosse o maior fã da sociedade, os membros da mesma guardavam um grande respeito por ele e seus conhecimentos ocultistas.


A relação de Crowley com Baum, embora indireta, é bastante extensa. A origem da palavra OZ é muitas vezes descrita como desconhecida, porém a palavra não é nada mais do que "bode" em hebraico. A palavra original é ayin-zayin(עז) que significa bode, é muitas vezes transcrita como Oz ou Az, e foi essa transcrição que originou o nome Azima ou o Bode de Mendes ou Baphomet [1], Aleister Crowley foi o primeiro a interpretar o nome Baphomet e dar uma razão para idolatração do mesmo pelos cavaleiros templários. Ele dizia significar "Beta alpha phi eta mu eta tau epsilon omicron sigma"; Pai Mitra, ou "eta phi alpha sigma" que era o "título místico" que Cristo deu a Pedro. O Bode de Mendes era, para Crowley, a definição correta do Diabo popular - que para ele não existia como a imagem que as pessoas construíram.[2] Baphomet também era o apelido que Crowley deu à sociedade secreta que ele criou, O.T.O. (Ordo Templi Orientis), uma religião baseada no livro da Lei de Crowley ou lei de Thelema - que começou a ser manifesta no Brasil por Raul Seixas e Paulo Coelho. Portanto, partindo dessa premissa, podemos traduzir O Maravilhoso Mágico de Oz como O Maravilhoso Mágico do Bode de Mendes e Terra de Oz como Terra de Baphomet.

Crowley desejava assistir o filme The Wonderful Wizard of Oz na época que estava no cinema, mas ele não conseguiu e comentou que ele não achava relação com o nome do filme com Liber Oz, acreditando que foi apenas um judeu ou alguém fluente em hebraico que colocou um título curioso por coincidência, portanto, era só um nome com características ocultistas para ele. A verdade é que Crowley, até esse momento, não estava a par da fama de Frank [3]  o que mudou em 1947 quando leu o livro de Frank e comentou sobre o Leão ser um personagem muito cômico com sua covardia, e analisou a sua participação com as bruxas. [4] Quando conseguiu ver o filme, reconheceu as influências ocultista, e a sua própria influência no filme, embora não tenha as reconhecido no livro, se não as teosofistas.

Já explicada a relação de Frank com o ocultismo, eu vou falar sobre o livro agora. Dorothy é uma menina que deseja partir dos desencantos da vida rural, medonhamente entediosa e cíclica. Portanto, ela começa a desejar por um mundo além dos limites da gravidade, até que ela é carregada por um ciclone para uma terra desconhecida. Lá ela busca ajuda para voltar à sua terra, e para voltar ela precisa achar o Maravilhoso Mágico de Oz. Para chegar ao Mágico de Oz, Dorothy deve partir da terra da Bruxa Boa do Norte para a capital da Esmeralda, seguindo a estrada dourada. O caminho segue em um formado de um espiral. De acordo com a filosofia teosófica o espiral é "O caminho de um ponto (geralmente plano) que se move em torno de um eixo enquanto continuamente se aproxima ou se afasta dele, também usado frequentemente para uma hélice, que é gerada pela composição de um movimento circular em uma linha reta. A hélice é uma ilustração do curso da evolução, que traz consigo o movimento em direção ao mesmo ponto, mas sem repetição. A serpente e os números 8 e, denotando a Ogdoad e infinito, signficam o movimento em espiral cíclico. O curso de Fohat no espaço é em espiral, e espírito desce à matéria em cursos de espiral. Repetindo o processo pelo qual uma hélice é derivado de um círculo produz um vórtice. As complicadas espirais da evolução cósmica trazem o movimento de volta ao ponto em que começou com o nascimento de uma era cósmica."- The Encyclopedic Theosophical Glossary [5] O caminho dourado também é usado como
início de uma viagem espiritual para os budistas.

Além disso, a maneira que Dorothy é levada para as terras de Oz é através de um ciclone, que não é nada mais do que um espiral de vento. É uma outra maneira que ela viaja do mundo físico para o astral através de um espiral. A Bruxa do Norte também dá a Dorothy um sapato prateado - no filme é vermelho/rubi - antes dela seguir viagem, em mérito da menina ter matado - acidentalmente - a Bruxá má do Leste. O sapato prateado é uma representação do cordão de prata da Teosofia: "Na Teosofia, um corpo físico e um corpo astral são conectados através de um 'cordão de prata', uma ligação mítica inspirada por uma passagem na Bíblia que fala de um retorno de uma busca espiritual. 'O cordão de prata sempre será solto,' diz o livro de Eclesiastes(Eclesiaste 12:6), em seguida, 'o pó volte à terra como era, e o espírito volte a Deus que o deu'.  Na escrita do próprio Frank Baum, o cordão de prata da viagem astral iria inspirar os sapatos prateados que conferem poderes especiais a quem os usa " - Evan I. Schwartz, Finding OZ: How L.Frank Baum Discovered the Great American Story. Os sapatos de prata não são apenas a ferramenta que traz Dorothy de volta para casa, fazendo ela voltar da sua busca astral para o seu corpo físico, mas também como passagem para a cidade das esmeraldas para conhecer Oz, entrando no estado mais profundo da sua viagem astral. O desejo de Dorothy de ir além da lua não seria nada mais do que ultrapassar o Nadir, e alcançar, através do espírito o que ela realmente precisava. A relação de Dorothy com os personagens também tem uma relação intrínseca com a teosofia; Toto, de acordo com Evan I. Schwartz, era a intuição de Dorothy, ele que fez ela perceber que o Espantalho podia falar, latindo para ele, ele que mostrou que o Mágico não passava de uma fraude e ele que tirou Dorothy do Balão de Ar, o que fez ela perceber a magia que ela possuía dentro de si. Já as bruxas, elas representam dimensões espirituais, onde no Leste e no Oeste está o mal, o material, o feio e no Sul e no Norte o bom e divino. E o Mágico representa o Deus cristão na perspectiva teosófica e um tanto Crowleyana, de que Ele tivera sido uma criação feita por charlatões que tentavam idealizar um deus, que realmente existia, mas era bastante diferente. [6] E os amigos de Dorothy não são nada mais do que os desafios internos que Dorothy deve passar para atingir o seu mundo Astral, baseado nos escritos de Helena Blavatsky. O Leão precisava de coragem, o Espantalho de um cérebro - intelecto - e o lenhador de lata de um coração - pureza. E de acordo com os escritos de Helena: "Não há perigo de que a intrépida coragem não pode conquistar, não há prova de que uma pureza imaculada não consegue passar, não há dificuldade que um intelecto forte não possa superar" - H.P. Blavatsky [7]. Para localizar vocês quanto a relevância dos textos, Evan. I Schwartz foi um dos maiores e mais relevantes biógrafos de L. Frank Baum que escreveu: "Finding Oz: How L. Frank Baum Discovered the Great American Story" que foi extremamente elogiado na crítica.

Mas onde começa a estabelecer a ligação entre Oz e Crowley é no clássico cinematográfico de Victor Fleming, "The Wizard of Oz". O ponto de partida do filme ainda parece com a relação dos escritos da Helena e da teosofia; ela se situa no monótono; no físico e deseja partir para essa experiência da imaginação; do espírito. Mas o momento em que a relação e o desejo pelo astral que Dorothy possui se manifesta, é quando ela encontra o Professor Marvel. Ele é um personagem criado pelo filme, ele não aparece no livro de L. Frank Baum. O mais interessante do personagem é o cenário, confira no slide abaixo algumas características do cenário intrigantes; o primeiro símbolo que vimos é o septa ou heptagrama ou ainda, a estrela de Babalon que representa para as religiões pagãs antigas os sete planetas e os sete dias da semana, porém, Crowley, junto com a teosofia, descrevia o heptagrama, que era o símbolo da Thelema e da O.T.O, as religiões criadas por Aleister dessa maneira: "Este foi um nome que ela escolheu enquanto meio ébria, como um plágio da lenda teosófica, mas contendo muitas das nossas letras-números-chaves dos Mistérios; também, o número de pétalas do mais sagrado lótus. Sua soma é 1001, que é também Sete vezes Onze vezes Treze, uma série de fatores que pode ser lida como: o Amor da Mulher Escarlate pela Magia produz Unidade, em hebraico Achad. Pois 7 é o número de Vênus, e o Nome secreto de sete letras de minha concubina BABALON é escrito com Sete Setes, assim: 77 + (7 +7)/7 + 77 = 156, o número de BABALON." - Aleister Crowley [7] - a posição para o ritual com o heptagrama, é a mesma do Baphomet.  Atrás da Dorothy também aparece um pentagrama invertido, símbolo do Bode de Mendes, que já comentamos ser adaptado na maçonaria, Illuminati e no Thelema, assim como o formato da varinha Bruxa Boa do Norte - sei que soa bastante conspiracionista, e até certo ponto concordo, mas como eu já comentei, é um ajuntado de informações. Além disso, para Dorothy entrar em contato com o astral, ela precisaria ficar entre as duas velas, que representariam as duas pilastras para a iniciação maçon - Crowley era do 33º grau da maçonaria, e era líder de diversas lojas maçons em Londres. Além disso, Crowley foi inspirado por Aiwaz ou Aiwass para escrever o Livro da Lei do Thelema, que ele considerava o seu Eu superior ou o pai de Hoor-paar-kraat (Hórus, o filho). De acordo com a mitologia egípcia, os pais de Hórus são Osíris e Ísis, e o professor Marvel, usa a bola de Cristal para consultá-los. Logo, há quem diga que o personagem criado para o filme, seja uma representação do Crowley ou de um seguidor da filosofia ou religião Thelema. Além disso, a ilusão visual feita pelo Mágico de Oz para que ele se apresente, é bastante similar com o desenho de Aiwass feito por Aleister para descrevê-lo.


Outra ligação do filme com Crowley é o livro Liber Oz, o Livro 77 da lei. Liber Oz é um livro de uma página só, e foi escrito para Louis Wilkinson. Todas as palavras do livro, em inglês, não contêm mais do que uma sílaba. Ele é apenas uma síntese das leis do Thelema, que foram as palavras que Aiwass usou para falar com Crowley. As leis que Crowley escreve na página, não são nada mais do que a descrição dos desejos dos personagens do filme que buscam ao Crowley. O espantalho desejava pensar, ganhar um cérebro - "3- O homem tem o direito de pensar o que ele quiser ", o lenhador de lata desejava amar, ganhar um coração - "4- O homem tem o direito de amar como ele quiser" e o Leão desejava poder matar, ter coragem - "5- O homem tem o direito de matar aqueles que possam frustrar esses direitos"[8]


Aleister invocou Aiwass na Pirâmide de Giza, onde também invocou Thoth. E para chegar ao professor, Dorothy precisa atravessar uma ponte no formato de um prisma triangular, mas daí eu vou envolver outro assunto; o The Dark Side of The Rainbow. Uma sincronização audiovisual do filme The Wizard of Oz com o álbum The Dark Side of The Moon do Pink Floyd. Alguns acreditam que seja apenas um evento apofônico ou um Viés de confirmação. Entretanto, existem várias sustentações para essa teoria, assim como no vídeo do link acima e este site. Na capa do álbum, percebemos que o evento da ótica que descreve a cor branca como uma composição de todas as cores, logo, quando a cor branca atinge o prisma - um polígono 3D -, ela sairia do outro lado formando um tipo de arco-íris.[9] E os membros do Floyd chegaram a passar pelas pirâmides do Egito para tirar uma foto, mas acabaram optando por deixar um prisma comum. [10] Além disso, o A-Side do álbum, sincronizado com o filme, acaba no momento em que o filme se torna colorido. Partindo dessa premissa conspiracionista, Dorothy fica no mundo in-color, até o momento que começa a viagem do físico para o astral, atravessando o prisma da ponte. Logo, o prisma, a pirâmide também seria onde ela se conecta com Aiwass através do professor Marvel. 

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Além disso, podemos ver na capa do álbum "P.U.L.S.E" dentro de um globo ocular; Uma garota com sapatos de rubi, um robô com seus mecanismos soltos, uma bicicleta muito parecida com a que Almira Gulch usava no filme e as Pirâmides do Egito no lado exterior do globo ocular. Embora a maior parte dos membros do Pink Floyd tenham negado a relação, menos Richard Wright que foi o que fez a última edição nas músicas e compôs suas maiorias, além de ter tido a ideia para a capa do álbum, de ambos. *Embora seja, para mim, inegável essa ligação, não concordo com esse viés conspiracionista em seu todo. Até porque sou fanzinho do Floyd* A viagem de Floyd no Egito durou pouco e breve regressaram para Londres para prosseguirem no disco. Depois de ouvirem sobre as comparações do álbum com o filme, assumiram que houveram mudanças no álbum, antes de sua remasterização. Além disso, Pink Floyd usara Backmasking(uma técnica sonora que usa multicanais para passar uma mensagem no disco quando ele é tocado ao contrário) em várias músicas como em "Empty Spaces". Embora os psicanalistas declarem que as mensagens ao contrário não causem efeito nenhum no cérebro humano, no livro "Magick (Book 4)" onde ele ensina um adepto do Thelema a passar mensagens para seguidores através de discos invertidos. Além disso, Aleister Crowley escreveu o livro Moon Child ou Liber 81 onde ele escreve um capítulo chamado The Dark Side of The Moon. Ele comenta que a Lua seria um símbolo das pessoas comum, entretanto, o seu lado escuro, seria o que elas possuem por dentro, logo, a parte visível da lua seria a ponta do iceberg, fazendo uma ligação da lua com Iliel - um personagem que representa a lua nesse momento, que possuía seu microcosmo [11] 

Bom, ainda existem outros elementos nos outros livros relacionados ao ocultismo e o filme Oz: The Great and Powerful. Mas se eu usar esses exemplos eu vou estender muito o texto, e acho que já está grande o suficiente. Agora é a hora de falar a minha opinião; eu não sou bastante conspiracionista embora eu considere que eu conheça a vida de Crowley e reconheça que ele esteve próximo a diversos poderes governamentais tanto da Europa quanto das Américas, e ele deixou ordens para diversos poderes que estavam envolvidos em sociedades secretas - a maior parte dos políticos e poderes federais nos EUA estão envolvidos na maçonaria, considerando até que George Washington foi um dos primeiros maçons - para que prosseguissem na introdução do ocultismo no mundo, uma vez que Crowley dizia que ele estava preparando o mundo para o anticristo, eu não sou tão persuadido por essas teorias conspiracionistas, e eu consigo enxergar além de tudo isso, o que realmente existe no Mágico de Oz, ainda como valor moral. Creio que a teoria de Einstein de que nenhum ponto de vista é absoluto também caiba muito bem na interpretação textual, e para mim, Oz é, antes de tudo isso, um conto de fadas que não quer dizer nada além de que fantasia, desejo ou sonho nenhum é capaz de suprir a falta do amor familiar e do lar. Provavelmente deixei vocês com alguma dúvida, até porque eu nem vou me dar ao trabalho de revisar esse texto enorme, então qualquer coisa é só me perguntar nos comentários. Obrigado por ler até aqui!

Hey, folks! Já faz um tempo que eu não escrevo aqui, né? Tudo, tudo mesmo, tanto o intervalo quanto o que se passou nele, se trata de uma só coisa: 'procrastinação'. A relação entre isso e o intervalo é que no último post eu prometi fazer algo diferente para o próximo post. Planejei uma coisa bem maneira, mas a verdade é que eu fiquei com preguiça de realizá-la, embora tenha me prometido que não postaria caso eu não realizasse o projeto, o que gerou um intervalo grotesco, e o que resultou na minha vontade de atualizar aqui superar a vontade de cumprir a promessa. Acredito que eu esteja apenas adiando-o com este post - e se eu deixei vocês com muitas expectativas; não, não é nada demais -, então logo logo eu posso aparecer com mais notícias.

Como vocês podem imaginar, eu tenho muita coisa pra falar - uma vez que se eu não tivesse passado por nada interessante desde março até aqui, é porque nesse meio tempo eu já teria suicidado -, porém eu não tenho muito ânimo pra transcrever todo esse período. E embora eu tenha muito o que falar, eu decidi deixar o lado mais pessoal para outro post, embora eu posso dar uma pincelada no que anda rolando comigo. Nesse post eu decidi falar mais sobre novos hábitos, séries que ando assistindo, ou já assisti, filmes, livros, musicais, projetos que eu realizei - como um fanzine que fiz em um projeto governamental avulso que se transformou num filho querido -, novos álbuns e artistas que ando ouvindo e um bocado de outras coisas, o que com certeza, fará deste post o maior do blog. Não vai ser tão chato quanto parece...  Na verdade; vai ser sim. Acho melhor você parar de ler por aqui. Tchau!

Bom pra começar eu vou falar sobre os filmes - não se preocupem, sem spoilers. Vou seguir uma ordem cronológica invertida. Talvez isso me permita ir relembrando dos outros filmes enquanto escrevo. A última sequência de filmes que vi foram clássicos da Disney e suas releituras; versões mais realistas. O último que assisti foi Cinderela e Tarzan. Cinderela não possui nenhuma versão realista relevante, embora a Disney tenha lançado um trailer para uma versão mais realista em 2015 que não revela, ainda, muito da obra. Tarzan tem umas 200 versões mundo a fora, eu assisti apenas a mais recente e a de 1999 da Disney. Embora já tenha visto a primeira há muito tempo atrás. Tarzan sempre foi meu filme favorito da Disney - não sei se tem muita relação com minha apatia pelos animais, mas sempre gostei muito de Tarzan e Spirit -, um dos fatores que sempre me influenciou a assistir várias vezes o filme é a trilha sonora. Tanto a original quanto a brasileira é extremamente bem produzida e interpretada por vocalistas fantásticos; Phil Collins e Ed Motta. O roteiro de Tarzan é bem construído, é um filme dinâmico e não me dá muita vontade de falar sobre; todo mundo conhece, e além disso, minha crítica seria bastante imparcial. Cinderela já é um filme à Walt Disney dos 50. Possui 75 minutos de duração, bem fiel à história e não explora muito o que o texto oferece, além de parecer manter uma métrica correta demais, reduzindo muito a distância entre o clímax e o felizes para sempre, deixando uma lacuna no filme.

Eu também reassisti Alice, mas como já comentei tanto sobre o filme original quanto a versão do Burton no Bacon do Stewie, não acho que valha a pena escrever um texto enorme defendendo, de novo, a obra do Tim que é tão fantástica. Junto com ele eu assisti A Bela Adormecida. A versão de 1959 ainda possui essa métrica da Disney de apenas 75 minutos, também é direto, fiel à história, mas é mais bem elaborado, você não sente falta de tantos elementos como sente em Cinderela. O clímax é bem planejado, dura o tempo certo, e ainda gera aquela ansiedade pelo final. O filme ganhou recentemente uma versão realista cinematográfica que contava a história da perspectiva da "Malévola".  O filme mantém uma linha entre a versão original que mantém o filme muito mais dinâmico. Você pode notar que muitos diálogos da versão original são usados na releitura. O filme tem um CG excelente, cenário e fotografia bastante conectados com a versão original além de um roteiro muito bem estruturado. A versão do filme avalia a história de uma maneira menos fantasiosa e um dos aspectos da versão original que sempre me desagradava era a crueldade da Malévola; era nonsense para mim. O filme não falava sobre o personagem, embora seja muito importante explorar um antagonista desses que é capaz de ameaçar o reinado inteiro, o filme só te fala que ela é muito malvada e poderosa. Parece que começamos o filme pela metade, e essa nova versão, Malévola, dá um início à história que a transforma completamente. Embora na cena em que comemoram a captura do príncipe, você nota, no desenho, um semblante de insatisfação na fada má. Porém, a releitura do filme explica de maneira bem verossímil o que gerou essa maldade no personagem. Além disso, o elenco é maravilhoso; Angelina Jolie, Elle Fanning, Imelda Staunton - a diretora da Ordem da Fênix -, Sam Riley - o ator que interpreta Ian Curtis no filme Control que eu comentei parecer com o Skandar Keynes -, Juno Temple e mais uma porrada de gente. Ambas as versões são fantásticas, acho que é essencial que caso você deseje assistir um, assista ao outro. Também existe uma versão australiana contemporânea, é bem mais realista, e acho que vai fugir um pouco do foco comentar sobre o filme.

E já mesclando no assunto, eu assisti tudo que existe sobre O Mágico de Oz. The Wizard of Oz, Journey Back to Oz, Wicked, versões sem áudio, Oz the Great and Powerful, The Wonderful Land of Oz, Oz, Return to Oz e The Dark Side Of The Rainbow que une The Wizard of Oz com o álbum The Dark Side of the Moon. Como é muita coisa eu só vou falar do que é mais importante. Eu sempre fui um amante da história de Oz, embora eu reconheça a origem ocultista do filme. A história mantém uma relação extrema com o livro Liber Oz de Aleister Crowley; o homem mais perverso do mundo, o mago de mil faces, o cara que sonhava em dançar com satã, o maior ocultista de todos os tempos, o muso da música Mr. Crowley e um coadjuvante na capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles. O livro é um tipo de conjunto de mandamentos ocultistas com um viés ideológico bastante anarquista e humanista. Ele mantém uma linha bastante similar com mandamentos bíblico ou ainda uma constituição. Talvez leve o leitor a pensar estar lendo um livro do Hitler, já que consegue manter uma linha tênue entre o autoritário, o intrigante e o persuasivo. Suas ideias vagam em mandamentos como "o Homem tem o direito de comer o que quiser; o Homem tem o direito de viver pela sua própria lei; o Homem tem o direito de pensar o que quiser;" e cada um dos elementos são empregados em cada um dos personagens. Aqueles que não sabem amar, pensar ou ter coragem. Além da capa do livro ser bastante similar com o rosto ilusório de Oz criado pelo mágico. Mesmo com as influências obscuras da história, eu sempre fui apaixonado pelo formato do filme, com a maneira que ele se desenvolve e as músicas. É de longe uma dos maiores contos da história cinematográfica. Além de ter lançado a incrivelmente talentosa Judy Garland. O filme dispensa comentários, então eu vou pular para as versões mais importantes. A primeira versão relevante do filme seria Return to Oz, que embora seja com a Dorothy - interpretada por outra atriz -, ele conta com outros personagens, com problema similares, mas que buscam a ajuda do Rei Nome. Que não é tão complacente quanto o OZ. O filme não é tão bem produzido, o elenco não é lá essas coisas, e nem a atuação. Mas o figurino, a fotografia e a realização do filme não deixam tanto a desejar. The Dark Side of the Rainbow é basicamente um vídeo que é bastante intrigante pois revela como o filme e o álbum possuem uma sincronia audiovisual incrível, além de diversas outras coincidências como a ponte por qual a Dorothy atravessa para chegar ao cartomante que possui um formato similar ao da capa do álbum do Pink Floyd  que também pode ser avaliado com a mudança de direção que o filme toma após o momento que Dorothy atravessa a ponte. É muito interessante, vale a pena dar uma conferida. O outro filme que quero falar é o mais recente "Oz: The Great and Powerful"; confesso que a única razão que me fez assistir o filme foi a trilha sonora com a Mariah Carey - que só ficou nos créditos - e acredito que tenha sido uma das poucas coisas que valeu a pena no filme. Digo, se talvez, o filme fosse independente eu até gostaria um pouco, mas Sam Raimi não conseguiu acompanhar o filme, e não fez nada que conseguisse honrar o nível de imaginação, criação e desenvolvimento literário da obra original. Dando uma pincelada na história, é apenas uma releitura do livro que conta a história do Mágico de Oz, desde sua chegada às terras de Oz até o momento em que ele derrota as bruxas más do oeste e do leste. Mas eu confesso que tenho uma apatia pelo James Franco, que interpreta o mágico, talvez pela sua similaridade por um conhecido, mas acho a atuação dele muito boa. Não é um critério relevante para recomendar o filme, mas se quiserem assistir... Dá pra passar o tempo. Wicked eu deixo para a sessão de musicais.

Além disso assisti 400 Blows um clássico Francês que conta a história de Antoine Doinel que se revolta com a educação totalitária e a rejeição de seus pais. O filme consiste em uma crítica bastante genérica à massa da sociedade que educa a futura geração com uma inversão de valores e deveres absurda. A supervalorização dos diplomas, a falta de afeto, de estímulo, atenção. As diferenças sociais e diversos outros âmbitos das sociedades francesas que estavam em conflito com revolucionários. Eu gostei bastante do filme, ele é bastante dinâmico e comunicativo, da pra se identificar bem com a história. O ritmo dele é muito gostoso, nada muito forçado e dá pra assistir mais de uma vez. Além da atuação do protagonista ser fantástica. Eu gosto de analisar atuação infantil, porque normalmente ela está numa linha tênue entre extremos. Ou muito boa ou péssima, e Jean‑Pierre Léaud é realmente muito convincente. Um outro que vi é Detachment que também é uma crítica à educação, mas agora da perspectiva de um professor substituto que tenta pelo menos manter sua classe em ordem já no século XXI americano. Eu dei uma pincelada bem breve nos filmes para não deixar o post enorme, mas eles são muito bons. Eles não tratam apenas desses assuntos, também tratam de ansiedade, insegurança, além de ser bastante pessoal em vários momentos. Os recomendo muito. Bom, tinha mais mil filmes pra falar, mas obviamente não vai dar pra colocar tudo em dia apenas hoje.


Sobre musicais eu vou falar em ordem de apreço mesmo. O primeiro é Wicked que é baseado em The Wizard of Oz só que na perspectiva da bruxa má do oeste, Elphaba. O elenco original é fantástico, Idina Menzel - a que canta Let it go - e Kristin Chenoweth. As músicas são muito bem compostas, tanto a letra quanto as melodias. Eu sou completamente apaixonado por Defying Gravity, provavelmente uma das minhas favoritas da Broadway. O roteiro, embora se trate de um dos maiores clássicos cinematográficos, ainda mantém o respeito pela obra original, e deixa claro que não se trata de um seguimento na mesma linha do clássico. É uma releitura não só com uma história diferente, mas num estilo muito mais contemporâneo, sádico e "Broadway". É um dos meus musicais favoritos, com certeza. Eu também assisti Les Misérables que como musical dispensa comentários, assim como em seu roteiro. Mas não só isso, o filme foi composto por um elenco fantástico, extremamente talentoso, e com uma fotografia maravilhosa, além de ter a minha favorita, Helena Bonham Carter e também com o Hugh Jackman - sim, o Wolverine canta. Confesso que no final do filme deu pra soar um pouco pelos olhos. Mas sendo sincero, se você não gosta de "cantarolia" em filme, eu não recomendaria, mas devia ouvir minha música favorita, On My Own. E além deles, eu assisti Fame, tanto a versão de 2009 quanto o clássico de 1980. Ambos seguem um estilo musical mais Hollywoodiano, eu gostei, fiquei apaixonado por Out Here On My Own, mas não entra nos meus favoritos. O roteiro é muito fraco, é para um público muito específico, e possui atores muito fracos na segunda versão. Outro musical que assisti foi Hair. Hair é um clássico de 1979 que retrata o movimento Hippie na Broadway, é com certeza um dos musicais mais revolucionários. Com casais inter-raciais, apologia às drogas, ao amor imoral e a falta de valores, o filme se tornou um clássico na lista dos musicais "proibidos". Eu fiquei apaixonado pelo filme, e eu procurei bastante e consegui uma filmagem da versão brasileira, que já perdi o link. Ambos são excelentes, possuem o roteiro muito bem estruturado, e já as músicas; além de serem a caráter exigem vocalistas poderosos e possuem uma melodia muito bem construída. Eu acredito que recomendo todos pra quem gosta de musicais, Hair já é mais pra qualquer um mesmo.

Já sobre séries, eu estou vendo Orange Is The New Black, uma série da Netflix que virou moda já faz um tempo - e não é sem razão. A série é muito boa, elétrica, e muito bem realizada. Se trata de uma prisão feminina que recebe Piper, uma mulher avulsa, que não é o perfil exato de uma presidiária, que se envolveu em um tráfico internacional de drogas e que agora tem que cumprir sua pena de 15 meses em um presídio de Nova York. A série se trata da adaptação da personagem com o novo ambiente. Se você curte Grey's Anatomy por causa das sapatão, vai com certeza, adorar. Na verdade qualquer um vai, a série é excelente. Além dela, assisti My Mad Fat Diary que é com certeza minha série favorita - receio já ter comentado aqui - que se trata de um diário da vida de Rae, uma adolescente de 16 anos que sofre de ansiedade, depressão e alguns outros transtornos psicológicos. Ela acaba de sair de uma clínica psiquiatrica e tenta se adaptar ao mundo novamente com uma 'gangue' que conhece através da sua melhor amiga, Chloe. A trilha sonora é de longe a melhor do universo inteiro. Tem Oasis, Radiohead, The Smiths, Joy Division, Blur, R.E.M e tudo o que há de bom. Eu recomendo pra qualquer um, ela é inspirada em uma história real - em um diário de uma mulher que relatava da sua perspectiva essa experiência de uma pessoa extremamente insegura em todos os aspectos que se esforça para desenvolver segurança em todos os ambientes que precise viver, além de desenvolver amor por si mesmo. Também estou assistindo SMASH, uma série musical que descreve o processo de criação de um musical sobre Marilyn Monroe e o desenvolvimento da carreira da protagonista, Karen. Acho que também só é bom pra quem curte musicais.

Sobre música eu tinha muita coisa pra falar. Petantonix, Sia, Radiohead, Panic!, Ariana Grande... Ah, muita coisa. Mas vou falar só do essencial. Hoje mesmo ouvi o novo álbum do Sopor Aeternus. Simplesmente fantástico, tem um "quê" que lembra do Children of The Corn, mas é bastante original, é mais independente e tem músicas maravilhosas. São álbuns sempre bem construídos. Métrica perfeita, até mesmo nos contra-tempos, melodia casando perfeitamente com a harmonia, além da pluralidade da voz da Ana. E estou apaixonado por If You Could Only Read My Mind, que até me lembrou Marli.

Outra coisa é o novo álbum da Amy Lee, Aftermath. O álbum é de longe a coisa mais singular da carreira da artista. O álbum segue um estilo mais experimental, alternativo, industrial e com alguns toques claros da sua personalidade musical que a consagrou como artista que é. A música que mais manifesta essa personalidade é Lockdown que é a favorita dos fãs. Embora muitos fãs não tenham agradado dessa mudança repentina de estilo - que foi apenas para realizar a trilha sonora de um filme -, eu acreditei muito no projeto e não me arrependi. Amy Lee não é apenas uma cantora, mas é multi-instrumentista e excelente produtora. E ela pode explorar bastante os seus talentos nesse novo álbum realizado com Dave Eggar. Você pode notar algumas falhas na métrica ou na harmonia, que soam meio proposital, um estilo mais Björk - inspiração da Amy Lee. A cantora, também, deu luz a seu filho Jack Lion Hartzler recentemente, e não comentou nada sobre o futuro de sua carreira. Embora tenha falado por cima que está cheia de projetos, não fala sobre o futuro da banda Evanescence, e não da certeza sobre sua continuidade. Embora tenha cantado algumas vezes o single Find a Way que sinceramente eu achei extremamente parecido - muito mesmo - com Uninvited da Alanis Morissette, que até agora, foi anunciado como do Evanescence, já que não entraria no álbum.

Falei muito, mas ainda faltou muita coisa. Vou fazer um post falando só sobre Cats que assisti, um especial sobre O Mágico de Oz - que falta muita coisa -, o post pessoal e sobre esses álbuns que estão falando, além dos livros. Dou um intervalo de 4 ou 3 dias de post para post. Até do que falei ainda estou insatisfeito. Mesmo tendo falado pra caramba. Bom, por agora é só isso, vou deixar o fanzine para o post pessoal mesmo! Bejomda

Alô, alô! Eu venho adiando isso já faz um tempo, mas finalmente decidi postar. Como das milésimas últimas vezes, foi o resultado da apatia. Sem vontade de fazer nada, de tentar fazer nada, de pensar em nada, ou ainda, sair da cama. Confesso que não tinha nenhuma razão. A não ser ouvir Mad World mais que beber água. Eu comentei que queria esse projeto um pouco diferente do Bacon do Stewie, mas acredito que falar sobre minha vida se tornou uma área de conforto. Eu não consegui me desafiar a fazer nada de diferente ainda, e além disso, eu quero falar dos filmes que vi e tudo mais. Mas prometo fazer algo de diferente no próximo post, lamento não fazê-lo ainda, mas esse post ainda é apenas uma tentativa de sair desse estado apático. Ultimamente não ando fazendo muita coisa, mas comparado a fevereiro, acredito que Março está se saindo bem produtivo. Pretendo escrever tudo na ordem contrária sei lá por quê. Espero conseguir resumir tudo o que aconteceu nesses últimos dias sem ser cansativo ou mal dosado;

O que é mais recente é um filme que acabei de ver, "It's Kind of a Funny Story". Eu estava querendo um filme para ver hoje, e vi um gif dele não sei aonde, e decidi baixar - eu confesso que se eu visse o título em português antes de baixá-lo, eu teria parado na hora. O título no Brasil foi "Se enlouquecer, Não se Apaixone", o que além de sugerir que o filme é uma bosta, não capta nada do filme. Digo, o romance foi uma interação muito secundária no filme. O título em Portugal é "É Uma Espécie de... Comédia" o que resume muito melhor o filme. Mas não quero ficar o post inteiro falando sobre um título bosta. Eu gostei de ver o filme, embora não pretenda ver de novo. Acho que sei lá, foi só uma boa experiência. Eu não postei o trailer, porque não gostei muito dele, então se quiser assistir o filme, não recomendo começar pelo trailer. Vou falar um pouco sobre o filme, mas sem nenhum spoiler. É só uma sinopse mesmo;


O filme é uma adaptação do romance de Ned Vizzini, que tem o mesmo título do filme. Não fiquei admirado com a produção nem nada do tipo, entretanto, ele tem um roteiro muito bem construído, uma trilha sonora muito boa e não é uma comédia forçada. Acredito que o filme esteja entre uma lista de bons projetos ignorados pela indústria cinematográfica - o filme foi lançado apenas nas locadoras. O filme conta com a menina que faz pelo menos 7 filmes por ano, Emma Roberts - que recentemente participou da produção de We're the Millers com o ator do Eustáquio, Will Poulter e a Jennifer Aniston -, Keir Gilchrist, que parece uma vertente mais feia do Logan Lerman - quanto a atuação - e o tão desperdiçado Zach Galifianakis, que embora seja ótimo, só faz filme merda - que, para deixar claro, abre uma exceção nessa produção. O roteiro deslancha quando o adolescente de 16 anos, Craig (Keir Gilchrist) começa a ter desejos suicidas, e depois de buscar ajuda médica, acaba sendo internado em um hospital psiquiátrico involuntariamente. Lá ele conhece o Bobby (Galifianakis) e a Noelle (Roberts) que acabam desenvolvendo laços muito fortes com ele durante sua estadia. O filme satiriza os jovens classe média americanos, que constantemente se diagnosticam depressivos, sem não terem ao menos, razões. Ele contrapõe um grupo de adultos e adolescentes esquizofrênicos, suicidas, psicopatas e transgêneros com Craig, um adolescente muito frustrado com a rotina. Como disse, o filme não me impressionou, mas foi bastante divertido, e confesso que me fez bem. Então, se você não tem nada para fazer no fim de semana, é uma boa.

Além do filme, esses dias eu me redescobri um pouco musicalmente. Eu estava vagueando entre músicas depressivas do R.E.M e do Joy Division e acabei encontrando Linkin Park. Confesso que nunca gostei muito, e sempre estranhei quem gostava. Era o tipo de coisa, que se eu gostasse de ouvir, não ficaria espalhando por aí. Mas eu decidi ouvir algumas músicas, então prestei atenção na letra, e na verdade, acabei gostando muito - da letra. Fui me acostumando com as músicas, e depois de ouvir 3 álbuns acabei aprendendo a gostar. Como o Gabriel disse, é um estilo muito similar ao do Oficina G3, mas eu nunca tive paciência quando o Mike Shinoda pega o microfone. As minhas letras favoritas são de Breaking the Habit e Roads Untraveled. Como sou muito curioso, não bastou dois dias de Linkin Park que eu já estava procurando sobre a banda, e nesse meio tempo, descobri que Chester(vocalista) já abriu uma loja de roupas, foi abusado pelo padrasto quando criança/adolescente, e gosta de Depeche Mode. Então comecei a me interessar cada vez mais pela banda, e já ouvi a discografia toda. Além disso, me surpreendi ao conseguir ouvir 7 músicas inteiras do Green Day e gostar de todas as letras. Também estou ouvindo muito Chris Isaak, consegui ir além de Wicked Game e estou gostando muito das músicas dele. Acredito que nada além disso. Mas minha surpresa foi porque há 3 meses atrás, esses seriam os últimos artistas que eu estaria ouvindo. Com certeza Wilson e Soraia di Paula estariam muito na frente. Além disso, eu voltei a ouvir Canto dos Malditos na Terra do Nunca e esses dias, eu fiquei viciado na versão do Pentatonix de Say Something.

Eu não me contentei apenas com a música, mas também descobri recentemente que eu posso, além de esperar jogos baixarem, jogar um jogo por mais de um mês. Já faz 5 anos que o único jogo que baixo e jogo é Perfect World - e só jogo nas férias, pra ter alguma coisa para fazer enquanto ouço música -, mas de um tempo pra cá, eu baixei GTA, Bully, The Sims e zerei todos os meus jogos favoritos do Super Nintendo(Super Mario World, Super Mario Bros - The Lost Levels, Super Mario Bros, Super Mario Kart, The Mask, Mortal Kombat II, Super Street Fighter II, Side Pocket, Pitfall, Super Bomberman - que ficou por zerar -, Zelda e Mighty Morphin Power Rangers) por um emulador. E claro, isso tudo durou um mês inteiro em que não fiz nada se não, jogar e ler de madrugada. Bully eu joguei já faz um tempo, acho que foi dezembro/janeiro e foi na mesma época que GTA. Não tive paciência de fazer todas as missões, achei muito cansativo. Eu sou daqueles que acredito - junto com os estudos - que um jogo só pode incitar alguém à violência, quando esse alguém, já tem tendências violentas ou psicóticas - o que é o meu caso - então confesso que eu não fazia mais nada no jogo além disso, e que fiquei tentado, a matar todo mundo aqui em casa, e depois cometer suicídio, e comentar sobre o jogo que jogo - não. Depois disso fiquei jogando os jogos no Super Nintendo, e confesso que entre todos, o mais difícil foi The Mask. Acredito que se eu já não soubesse onde estavam todos os bônus do Mário, eu o teria achado mais difícil, mas não foi o caso. E além disso, recentemente baixei The Sims 3, e comecei a jogar esse fim de semana. Espero que seja uma experiência boa.

Eu também estou querendo, junto com o Gabéz, ressurgir com o Sepphia. Nós estamos juntos com a Iza reorganizando tudo, mas ainda é uma surpresa. O Gabriel sugeriu que se mudássemos o nosso projeto, talvez isso nos estimularia a escrever um pouco. Só a ideia de começar a produzir já foi inspiradora e o Cabs aproveitou uma aula toda de Geografia para escrever um poema, mas ainda não publicou. Acredito que eu também estava com saudades de escrever lá, mas desde que o Marco e o Gabriel entraram na faculdade, e eu fui abandonada pelos meus sete maridos, a gente não conseguiu escrever muito - embora eu tenha postado alguma coisa lá há pouco tempo.

Eu também fui visitar a exposição "Segredos do Egito" no BH Shopping esse fim de semana com a minha família. Eu fiquei maravilhado com todas as esculturas. Eles tentaram colocar alguns textos muito mal distribuídos, mas ficou bastante confuso e avulso. Mas eu amei todas as representações, as peças originais que tinham na exposição e tudo de novo que a exposição me ofereceu. A mitologia egípcia sempre me atraiu bastante e eu conheço bastante sobre ela, mas o máximo que eu conhecia sobre a cultura estava na Bíblia e era muito limitada, se não, qualquer coisa que eu aprendi naquela franquia de 3 filmes da Múmia. Pelo que eu li, ele é um evento internacional. Nele contem peças, roupas, joias, ferramentas, cerâmicas, esculturas, pinturas sarcófagos e múmias. De acordo com minha esposa e professora de História, Raquel Marques, essa exposição tem muita coisa omitida, além de réplicas com placas de original. Mas como ela mesma disse, para os leigos, aquilo tudo é lindo, e eu achei maravilhoso. A exposição está acontecendo no BH Shopping até o dia 19 desse mês. Quem quiser ir, caso você não seja um historiador chato, eu recomendo.

Bom acho que só. Eu também reassisti ao filme "Prime" dublado duas vezes. Eu já achava que não foi o melhor papel da Meryl Streep, depois de ver dublado, percebi que a dublagem só enfraqueceu a atuação dela, mas acho que gosto do filme. No mais eu estou reaprendendo a mexer no Adobre Premiere, agora com o Pro CC. Espero que a experiência seja de alguma valia. Estou com o pressentimento que esqueci alguma coisa, mas não importa, caso eu lembre, deixo para o próximo post. Bom é isso, amo vocês, beijunda. 

Olá! Finalmente consegui ânimo para escrever. Eu acho que estou com coisas para escrever desde o último post, mas eu estou me definhando de preguiça. Primeiro quis esperar meu aniversário, depois quis esperar eu conseguir assistir A Menina Que Roubava Livros - que ainda não vi. Mas acabei com vontade de postar por uma casualidade. Então, acho que o post vai ser longo - na verdade acho que eu quero que seja longo, mas não estou com paciência para de escrever muita coisa. Mas tá...

Bom, para começar, desde o último post, eu fiquei me questionando mais sobre Música ou Letras, mas ainda me sinto confuso. Talvez eu faça os dois, talvez eu feche um curso pela metade e comece o outro - o que realmente me assusta - ou quem sabe eu simplesmente opte pelo certo até lá. Mas de qualquer maneira, depois de ter feito duzentos testes vocacionais, eu só fiquei com mais dúvida. Espero que isso se resolva na minha cabeça eventualmente. Não tenho muito tempo para decidir. Mas de qualquer maneira, permaneço lendo dois livros por dia - não, não são dois livros inteiros - e praticando teclado de madrugada. Confesso que sinto mais prazer lendo, mas acho que é pela prática mesmo. Lembro de como era chato me forçar a ler um capítulo por dia de um livro qualquer - por mais que ao final, eu ficava bastante satisfeito. Além disso, sei que ouço pelo menos 60 músicas por dia - de acordo com meu Lastfm -, então sei que me dou bem com ambas as coisas. Escolher uma é ainda complicado.


Além disso, eu fiquei tão apaixonado por Rent que andei assistindo ele umas 4 vezes desde o último post. Também revi Funny Girl, O Piano, Sr. Ninguém e Dreamgirls - que passou na Globo esses dias. E não consigo ver Dreamgirls sem voltar em todas as músicas para cantar junto. Também, a linda da Iza falou que vai me mandar uma cópia de Cats e FAME. Vou mandar os meus dois rins e o coração em troca. Ah, por falar nisso, estou aprendendo Memory no teclado, e estou mais apaixonado por essa música. Ta quase superando Greensleeves. Mas eu não estou assistindo muita coisa nova, só na reprise mesmo. Até mesmo porque minhas séries favoritas estão todas de férias - algumas durarão até Março, gente -, então estou vendo só velharia. Inclusive, vi todos os filmes de Nárnia, os da edição da BBC e os comentários em áudio de O Leão a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Eu não sei como aquele filme me entretém. Cheguei a assistir ao filme 20 vezes quando comprei o DVD. Bom, espero que eu não me enjoe dele, assisto quase todas as férias.

Tive uma semana bastante produtiva; li, postei, fiz poema, ouvi música, pratiquei teclado, revi filmes e séries, postei no Mundonárnia, fiz até vídeo e escrevi muito. Me senti satisfeito com esse início de ano ou de fevereiro, sei lá. Além de tudo, vi que vai passar Nárnia na Globo amanhã. Eu não sei porque assisto, se fico gritando com a globo por causa dos cortes absurdos. Mas é sempre legal ver meus filmes favoritos passando na globo. Espero conseguir acompanhar pelo twitter - nunca consigo. Bom, mas é isso. Estou esbanjando alegria e auto-estima. 

E também nesse dia 27 foi meu aniversário. Até pensei em postar aqui, assim como eu fazia no Bacon do Stewie, mas não sabia o que postar. De qualquer maneira, foi um dia divertido. Fui no teatro e teve uma festa surpresa aqui. O pessoal que acompanha minhas coisas desde o Bacon do Stewie sabe que eu considero o meu aniversário o início do ano. Então fiz algumas metas - apenas uns lembretes mesmo -, não quis escrever nada que fosse muito difícil de acontecer, ou que me frustraria caso eu não realizasse. Também comecei um diário, estou escrevendo realmente todo dia, e tentando deixar ele legível - mas não consegui. Além disso, me sinto bem depois desse dia, uma sensação de renovação, ano novo mesmo. E a linda da Iza me fez esse desenho lindo maravilhoso aí em cima. Tenho que casar quessa molier de novo.

Eu também ganhei um livro da Fran e um da minha mãe. Já comecei a ler o da minha mãe, "Campo de Batalha da Mente" e vou começar o da Fran "As Cinco Linguagens do Amor". Eu ouvi falar do primeiro em um vídeo do testemunho da Becca Barlow, que eu tinha gostado muito. Ela fala muito bem do livro e eu me interessei por ele. Até agora foi mesmo o que eu esperava. Mas imagino que seja um livro bastante produtivo. Além disso, estava relendo "A Menina Que Roubava Livros", e dessa vez só lacrimejei. Como já tinha lido, o fim não me surpreendeu - Não. Vinícius?! Sério? -, mas a leitura é muito gostosa. Estou relendo A Cadeira de Prata e lendo os livros d'A Lenda dos Guardiões. Espero que consiga conciliar tudo isso e a Bíblia, e ler pelo menos um capítulo diário de cada. Voltar ao pique da leitura é mesmo uma sensação ótima. O Gabéz vai me dar "As Vantagens de Ser Invisível" também. Eu curti o filme, achei assim, que a ideia podia ter sido produzida melhor. Talvez devessem sensualizar o drama mais, diminuir um pouco a dose de autismo do protagonista e deixar ele narrar menos o filme. Mas eu até gostei, já assisti umas 5 vezes. Ele tem uma trilha sonora fantástica com The Smiths, TRHPS, David Bowie, Imagine Dragons e outros que não estou lembrando.

E para lacrar o post, quero falar da casualidade que me fez ter ânimo para escrever. Bom, eu andava em constantes guerras com um dos meus melhores amigos, o Pedroka. E acabamos parando de conversar no início do mês. Mas não aguentamos ficar muito tempo separados, e dessa vez eu que pedi desculpas para ele. Foi bom voltar a conversar com a Pedroca, nós botamos o papo em dia e pá. Eu pensei que nós conseguiríamos ficar mais tempo sem conversar, porque somos muito orgulhosos, mas acabei tendo que voltar, porque um cara que eu tenho rixa tava fazendo sucesso. Não pude ficar me definhando sozinho, claro. Daí a gente ressurgiu de novo.

Bom é isso. Acho que não ficou tão grande quanto eu esperava. Espero não ter dado preguiça em ninguém pra ler isso tudo. E aproveitando, quero agradecer a todos vocês, lindos, que me ajudaram com o blog. O projeto já alcançou mil visualizações no primeiro mês, e bastante comentários. Sei que mandei pra gente que nem vai acompanhar o blog de verdade, mas quando acabo de escrever um texto grande fico tipo "I have to share it with the whole world", então não consigo ficar só esperando comentários. Então muito valeu! Tinha muito mais para escrever, mas acho que serve. Se estiver com erro, paciência. Não quero reler...

Alô, alô! Acredito que esse seja realmente o primeiro post do blog, e espero nortear vocês com o projeto. Sem uma introdução longa, eu só quero falar sobre o blog e o post. Primeiro queria falar que eu fechei oficialmente o Bacon do Stewie, mas eu ainda tenho acesso aos posts. Eu falei que ia deixar como uma gaveta, mas prefiro que seja particular - talvez algum dia eu reative, mas vai dar um baita trabalho. Sobre o post, acho que não tenho nada preparado exatamente, só quero escrever um pouco de "cousas".

Uma das razões para eu começar o novo projeto, foi um filme que eu vi no início do mês. O filme descreve uma mini-biografia de Ian Curtis no seu período ativo. Ele era cantor e líder da banda Joy Division, uma grande representante da segunda geração do punk rock com uma vertente muito forte no melancolismo, e um vocal bastante escuro e ligeiramente sujo. Eu curto a banda desde 2007, mas nunca me interessei pela história da mesma. Mas eu conversei com um amigo sobre o suicídio do Ian Curtis e ele me contou diversas coisas sobre a história dele, que me deixaram bastante intrigado. Então ele comentou sobre o filme; decidi baixar. E no fim, eu fiquei apaixonado pelo filme, já vi ele umas 2 vezes e baixei os álbuns compilation da banda. No filme, eles mencionam o meu poema favorito, Os Homens Ocos, e quando eu reli o poema, eu decidi reorganizar algumas coisas na minha vida, e criar esse novo blog. Foi quase uma epifania. Não recomendo para ninguém o filme, que não seja um fã da banda. Foram poucas coisas no filme que eu tirei proveito. O filme é todo em preto e branco, e não em um tom "cult". Na verdade, é bem grosseira a intenção da coloração do filme, uma relação irrelevante com a neutralidade da vida do Ian. Uma outra coisa que notei, é que no filme, o Sam Riley que interpreta o Ian Curtis é idêntico ao Skandar Keynes. Mas fora isso, não tem nada de mais no filme, roteiro bem construído, normalzinho, boa atuação, figurino á época e ganhou o prêmio British Independent Film Awards de filme mais "cool". E se você se interessa pela história do mesmo, acho que vale a pena sim.

Eu também ando me dedicando a música cada vez mais, eu vi a pouco tempo um cast com a Natalia Aurea sobre sua vida, e eu voltei a me interessar de novo por tocar teclado, me dedicar a leitura de partitura, solfejo e tudo mais. Confesso que eu ainda não pratico como antes, e estou meio desleixado, mas eu ainda tenho que desenvolver o hábito - amor eu sei que tenho. Além disso, eu ando cogitando em não fazer faculdade de Letras, mas de música, e nesse caso, eu teria que adiar a faculdade algum tempo para melhorar minha leitura, solfejo e ouvido. Nada que demore muito, mas provavelmente vai acontecer. E com isso em mente, pretendo gravar um vídeo meu tocando greensleeves e postar aqui.

Uma outra coisa que eu gostaria de falar é sobre o musical RENT que eu assisti esses dias. O musical é incrível! As músicas não são puxadas demais, são bem dosadas, os cantores são muito bons, as letras não pecam em nada, não existe excesso, e dá pra chorar com o filme se você assistir ele umas duas vezes. O único problema do filme é que eles contam um período muito grande em pouco tempo, sem serem detalhistas, além de começarem a história pelo meio, então a gente acaba ficando meio perdido com a relação entre os personagens. Entretanto, eu gostei da história dos personagens, e além de tudo, o filme conta com a sopraníssima Idina Menzel, uma das minhas cantoras favoritas - que agora está cantando na nova franquia da Disney, Frozen. Eu pela primeira vez, eu prefiro o nome brasileiro, ao original. O nome brasileiro do filme é Boêmios, termo que tem uma relação muito maior com o filme do que Rent(aluguel) - que é só um objeto inanimado usado para unir as histórias dos personagens. Eu recomendo para todo mundo que gosta de musical e que não gosta. É um filme bom por si só. Além disso eu estou apaixonado por duas músicas do filme, Seasons of Love e Take or Leave me.

E para finalizar, eu só tenho a falar sobre o Morrissey, ex-vocalista da banda The Smiths que anunciou um novo projeto que será lançado em 2014. Eu já fiquei super ansioso quando houve especulações, depois de anunciado, eu estou olhando notícias todos os dias sobre o projeto, e estou ansiosíssimo por um single, uma imagem ou qualquer coisa que vaze. Se vocês não conhecem o trabalho dele ou da banda, vale muito a pena conferir. The Smiths foi considerada pela BBC a banda mais influente do século XX, ganhando até dos Beatles. Eles tem um trabalho incrível, além de contarem com o Morrissey que é um dos maiores representantes do veganismo, já tendo conseguido assinar um contrato com a McDonalds para fechar diversas representantes clandestinas - contrato que até Paul McCartney tentou realizar.

Bom é isso, e eu também queria saber se vocês acham que se eu coloco ou não o slide de posts na página inicial como tinha no Bacon do Stewie. Respondam nos comentários! Beijunda

Hey, Folks! Inauguro aqui meu mais novo projeto, o Cellar Door. Seguindo uma linha diferente do Bacon do Stewie - atualmente fechado -, eu usarei o blog como espaço livre. Sem restrições ou metas objetivas. Será um espaço para falar de tudo, e ainda ter tudo - por isso, não vou ficar alongando a descrição do blog.

Eu fechei o Bacon do Stewie porque acho que eu ofereci tudo que podia oferecer naquele blog. Eu queria há muito tempo começar um novo projeto. O Bacon do Stewie não é como uma outra fase da minha vida - mesmo sendo -, mas como um fragmento dela. Quero deixar o mesmo como arquivo na gaveta. Eu não quis excluí-lo, porque seria desrespeitoso com o tempo que gastei lá - por mais que existam coisas que me dão até coceira lá. Eu ainda postarei no Sepphia, entretanto, acho que nos inspiramos tanto no tema de inverno, que estamos hibernando.


A premissa do projeto é volúvel, então não quero falar sobre isso. Mas quero comentar sobre o layout e o título: Cellar Door é uma referência a um dos meus filmes favoritos, Donnie Darko. A professora Karen Pomeroy interpretada por Drew Barrymore comenta com Donnie que de todas as frases na língua inglesa, de todas as inúmeras combinações de palavras da história americana, Cellar Door é a mais bonita. Erroneamente o produtor apontou como linguista, Edgar Allan Poe, entretanto, foi Denis Norden que uma vez ouviu seu professor dizer que a sua palavra favorita era Cellar Door; e ele não muito atencioso a aula, só guardou isso, mesmo notando que não era apenas uma palavra, mas duas. Anos depois ele descobriu que a palavra era "Celador", mas disse que Cellar Door era ainda a sua favorita. E foi Geoff Nunberg que a apontou como a mais bela junção de palavras da língua inglesa. Ele também disse que o termo Cellar Door (porta de porão) é também relevante na fantasia, sendo usado como portal em Nárnia, Alice e Donnie Darko. A relação do nome com o blog, é que quero tornar do blog uma fenda para o meu eu imaginário[referência ao livro "O Problema do Sofrimento, C.S Lewis"]. No header está o título do blog, como é escrito pela professora Karen, ao lado do título está o coelho do filme Donnie Darko, e uma imagem do Morrissey - meu artista favorito e uma grande inspiração. Eu deixei o blog mais simples, porque eu não quero deixar vocês perdidos nele. Depois de um tempo, com muito post, talvez eu volte com o slide e um layout mais complexo, porém, não pretendo liberar a opção de tags no blog, acho desnecessário. E para finalizar o post, irei postar meu poema favorito:

"Os Homens Ocos

I
Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;
Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam - se o fazem - não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.

II
Os olhos que temo encontrar em sonhos
No reino de sonho da morte
Estes não aparecem:
Lá, os olhos são como a lâmina
Do sol nos ossos de uma coluna
Lá, uma árvore brande os ramos
E as vozes estão no frêmito
Do vento que está cantando
Mais distantes e solenes
Que uma estrela agonizante.
Que eu demais não me aproxime
Do reino de sonho da morte
Que eu possa trajar ainda
Esses tácitos disfarces
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas
E comportar-me num campo
Como o vento se comporta
Nem mais um passo
- Não este encontro derradeiro
No reino crepuscular

III
Esta é a terra morta
Esta é a terra do cacto
Aqui as imagens de pedra
Estão eretas, aqui recebem elas
A súplica da mão de um morto
Sob o lampejo de uma estrela agonizante.
E nisto consiste
O outro reino da morte:
Despertando sozinhos
À hora em que estamos
Trêmulos de ternura
Os lábios que beijariam
Rezam as pedras quebradas.

IV
Os olhos não estão aqui
Aqui os olhos não brilham Neste vale de estrelas tíbias
Neste vale desvalido
Esta mandíbula em ruínas de nossos reinos perdidos
Neste último sítio de encontros
Juntos tateamos
Todos à fala esquivos
Reunidos na praia do túrgido rio
Sem nada ver, a não ser
Que os olhos reapareçam
Como a estrela perpétua
Rosa multifoliada
Do reino em sombras da morte
A única esperança
De homens vazios.

V
Aqui rondamos a figueira-brava
Figueira-brava figueira-brava
Aqui rondamos a figueira-brava
Às cinco em ponto da madrugada
Entre a idéia
E a realidade
Entre o movimento
E a ação
Tomba a Sombra
Porque Teu é o Reino
Entre a concepção
E a criação
Entre a emoção
E a reação
Tomba a Sombra
A vida é muito longa
Entre o desejo
E o espasmo
Entre a potência
E a existência
Entre a essência
E a descendência
Tomba a Sombra
Porque Teu é o Reino
Porque Teu é
A vida é
Porque Teu é o
Assim expira o mundo
Assim expira o mundo
Assim expira o mundo
Não com uma explosão, mas com um suspiro.
(tradução: Ivan Junqueira)" - T.S.Eliot