Olá! Essa parte eu sempre escrevo depois que termino o post e acho importante falar sobre o que vocês vão encontrar. Tentei expor ao máximo o que andou acontecendo comigo, mas como eu estava muito resistente, tentei fazer da maneira mais genuína possível: sem parar de escrever. Enquanto eu ouvia algumas músicas fui escrevendo tudo que eu pensei. Não coloquei nenhuma imagem, o que pode deixar o texto menos dinâmico. Mas acho que prefiro nesse formato.:
Desde o Bacon do Stewie, creio que este foi o maior intervalo entre postagens que eu tive em um blog pessoal. Faz mais de um ano que não posto nada no blog, e desde esse último dia aconteceu tanta coisa comigo, que não sei se vou conseguir dosar tudo que quero falar e alinhar isso tudo em apenas uma postagem. Verdade é que nem tenho vontade de falar sobre a maioria das coisas que aconteceram, mas bateu uma vontade de dar uma aparecida por aqui. Só estou escrevendo o que está, agora, me parecendo relevante pra compartilhar ou qualquer coisa que eu queira jogar aqui. Não estou com vontade de falar de música, filme nem séries, mas me parece mais fácil do que falar sobre qualquer coisa que está acontecendo comigo. Eu inclusive tentei escrever esse post várias vezes, mas na metade eu perdia vontade. Confesso que só aqui na introdução, eu fugi de continuar escrevendo diversas vezes. Estou tentando ouvir qualquer música pra ver se isso me alivia os nervos e eu consiga sintetizar as coisas melhor.

Esse ano de diversas formas, eu me descobri muito, me permiti muito. Acho isso inclusive, de extrema relevância, porque uma vez que nós abrimos nossa mente, e abraçamos qualquer oportunidade de conhecer algo novo, nós, de alguma forma, conhecemos a nós mesmos melhor. E isso de uma forma bastante peculiar. Quando a nossa realidade é alterada por alguma experiência nova, nossa reação a essa descoberta, é o que revela um novo fragmento nosso. E algumas vezes, a experiência alheia, já nos revela essa nova porção da nossa realidade. Mas em alguns momentos, há necessidade de uma experiência pessoal com o fenômeno para ativar o nosso real conceito sobre aquilo qual acabamos de descobrir. Também há, ainda, momentos em que a conceituação desse fenômeno exige que aquele que o vivenciou, precise analisar, desenhar sua experiência, para conseguir assim, perceber como ele se sente sobre aquilo. Essa necessidade não surge do acontecimento ou sua proporção, mas surge da resistência que a pessoa tem de experienciar algo novo, diferente.

E por mais desinteressante e pouco revelador que seja essa maneira subjetiva de falar sobre o que anda acontecendo, já me alivia bastante. Não há nada tão comprometedor, ou de risco para que eu não possa revelar, mas há grande valor pessoal em tudo. E de qualquer forma, eu queria falar um pouco sobre qualquer coisa que aconteceu esse ano. Bom, há alguns anos que 2015 era o ano do ENEM. Doaria coração, tempo, mente e alma para passar num curso que nem exige tanto. Esse desespero meu, era harmonioso com alguns amigos meus que andavam com os mesmos conflitos. Inscrevendo-me em um cursinho pré vestibular, descobri uma amiga minha que fez o segundo e o terceiro ano comigo que estava fazendo o mesmo curso que eu, assim, costumávamos sair juntos depois do curso dela - ela fazia no turno da tarde e eu da noite. Íamos ao shopping, sentávamos na mesa mais próxima da apresentação musical da praça de alimentação, e ficávamos ou por conversar ou por ouvir a música. De qualquer forma sempre era um programa bom pra clarear a mente. Junto à isso, em Abril eu comecei um trabalho de meio horário em um cartório. Portanto, eu passava a maior parte do dia fora de casa, e todo dia era bastante exaustivo. Até me adaptar à rotina do cartório, tive bastante dificuldade em manter a atenção, em realizar tudo com excelência - como é premissa da empresa -, portanto houveram dias de cansaço tanto emocional, quanto físico pela nova rotina. Acordava às 6 horas, saia de casa, voltava às 23 horas, já depois do curso.

Em alguns dos dias que eu saí pra relaxar depois do serviço, eu conheci um grupo de amigos de uma escola próxima ao meu serviço. Acho que me fez bem conhecer um grupo de pessoas novas. Além de algumas que eu encontrei, conheci muitas pessoas novas em uma praça próxima ao meu serviço e à escola. A maioria dos alunos tinham o costume de ir pra lá depois das aulas. E dentre elas, esse primeiro grupo se aproximou mais de mim. Foi recíproco a proximidade e a intimidade. Com o tempo, me tornei, com eles, bons amigos. Acabou se tornando rotineira a ida à praça nas sextas pra encontrar esses amigos. E com tempo, se tornaram tão pessoais comigo, que pude compartilhar meus segredos pra eles. Isso dentre tantas coisas que só pela invocação da memória são amargas, esse ano, essa foi uma das poucas que me foram especiais. Talvez se eu continuar a postar, eu fale mais sobre eles com o tempo. De qualquer forma, acabei desvirtuando o rumo que eu decidira no início do ano. Me ocupei muito com essas saídas, me distraí durante o ano e eu acabei me expondo muito. Não sei se como reflexo da pressão, mas eu explodi muitas vezes, e essas explosões me queimaram muito.

Apesar de não ter ganho esse ano o que eu tinha em mente, acredito que ganhei grandes amigos, experiências que me tornaram mais maduro em uma amplitude quase absoluta nas minhas decisões futuras. Eu sou uma pessoa bem diferente de quem eu era ano passado, tanto pra mim mesmo, quanto para outras pessoas. Estou mais cético, mais racional, e estou começando a notar melhor os erros que eu já cometi. Verdade é que me conheci melhor. E esse conhecimento eu só fui capaz de alcançar me permitindo algumas coisas. Algumas permissões que as vezes não foram nem voluntárias, digo, houve vezes que algumas coisas aconteceram comigo por forçassão de barra alheia. Mas dentre tudo que aconteceu, é uma ótima imagem pra eu refletir nos próximos anos. Não tenho bastante expectativa do ano que vem, mas quanto a esse, acho que se com a oportunidade, eu viveria tudo outra vez. Essa falta de arrependimento, por mais que entristecedora pra mim, é genuína.

E durante todo esse processo, houveram momentos em que eu saí bastante saturado. Fui afetado por muitas coisas que eu mesmo fiz. E durante todo esse tempo queria agradecer aos meus amigos que ficaram ao meu lado. Não sei quanto ao fim do ano, mas agora pretendo sair com minhas amigas da escola que passaram o ano todo estudando, a Gabi e a Kaleandra e vai ter um super rolê que eu vou encontrar a IZA e vai ser SCHOCKQ! Vamo destruir essa Belo Horizonte! Bastante capaz que essa subjetividade toda confunda alguém que tente ler o texto, mas eu espero ter sido tão claro quanto possível. Grato!