Hey, folks! Já faz um tempo que eu não escrevo aqui, né? Tudo, tudo mesmo, tanto o intervalo quanto o que se passou nele, se trata de uma só coisa: 'procrastinação'. A relação entre isso e o intervalo é que no último post eu prometi fazer algo diferente para o próximo post. Planejei uma coisa bem maneira, mas a verdade é que eu fiquei com preguiça de realizá-la, embora tenha me prometido que não postaria caso eu não realizasse o projeto, o que gerou um intervalo grotesco, e o que resultou na minha vontade de atualizar aqui superar a vontade de cumprir a promessa. Acredito que eu esteja apenas adiando-o com este post - e se eu deixei vocês com muitas expectativas; não, não é nada demais -, então logo logo eu posso aparecer com mais notícias.

Como vocês podem imaginar, eu tenho muita coisa pra falar - uma vez que se eu não tivesse passado por nada interessante desde março até aqui, é porque nesse meio tempo eu já teria suicidado -, porém eu não tenho muito ânimo pra transcrever todo esse período. E embora eu tenha muito o que falar, eu decidi deixar o lado mais pessoal para outro post, embora eu posso dar uma pincelada no que anda rolando comigo. Nesse post eu decidi falar mais sobre novos hábitos, séries que ando assistindo, ou já assisti, filmes, livros, musicais, projetos que eu realizei - como um fanzine que fiz em um projeto governamental avulso que se transformou num filho querido -, novos álbuns e artistas que ando ouvindo e um bocado de outras coisas, o que com certeza, fará deste post o maior do blog. Não vai ser tão chato quanto parece...  Na verdade; vai ser sim. Acho melhor você parar de ler por aqui. Tchau!

Bom pra começar eu vou falar sobre os filmes - não se preocupem, sem spoilers. Vou seguir uma ordem cronológica invertida. Talvez isso me permita ir relembrando dos outros filmes enquanto escrevo. A última sequência de filmes que vi foram clássicos da Disney e suas releituras; versões mais realistas. O último que assisti foi Cinderela e Tarzan. Cinderela não possui nenhuma versão realista relevante, embora a Disney tenha lançado um trailer para uma versão mais realista em 2015 que não revela, ainda, muito da obra. Tarzan tem umas 200 versões mundo a fora, eu assisti apenas a mais recente e a de 1999 da Disney. Embora já tenha visto a primeira há muito tempo atrás. Tarzan sempre foi meu filme favorito da Disney - não sei se tem muita relação com minha apatia pelos animais, mas sempre gostei muito de Tarzan e Spirit -, um dos fatores que sempre me influenciou a assistir várias vezes o filme é a trilha sonora. Tanto a original quanto a brasileira é extremamente bem produzida e interpretada por vocalistas fantásticos; Phil Collins e Ed Motta. O roteiro de Tarzan é bem construído, é um filme dinâmico e não me dá muita vontade de falar sobre; todo mundo conhece, e além disso, minha crítica seria bastante imparcial. Cinderela já é um filme à Walt Disney dos 50. Possui 75 minutos de duração, bem fiel à história e não explora muito o que o texto oferece, além de parecer manter uma métrica correta demais, reduzindo muito a distância entre o clímax e o felizes para sempre, deixando uma lacuna no filme.

Eu também reassisti Alice, mas como já comentei tanto sobre o filme original quanto a versão do Burton no Bacon do Stewie, não acho que valha a pena escrever um texto enorme defendendo, de novo, a obra do Tim que é tão fantástica. Junto com ele eu assisti A Bela Adormecida. A versão de 1959 ainda possui essa métrica da Disney de apenas 75 minutos, também é direto, fiel à história, mas é mais bem elaborado, você não sente falta de tantos elementos como sente em Cinderela. O clímax é bem planejado, dura o tempo certo, e ainda gera aquela ansiedade pelo final. O filme ganhou recentemente uma versão realista cinematográfica que contava a história da perspectiva da "Malévola".  O filme mantém uma linha entre a versão original que mantém o filme muito mais dinâmico. Você pode notar que muitos diálogos da versão original são usados na releitura. O filme tem um CG excelente, cenário e fotografia bastante conectados com a versão original além de um roteiro muito bem estruturado. A versão do filme avalia a história de uma maneira menos fantasiosa e um dos aspectos da versão original que sempre me desagradava era a crueldade da Malévola; era nonsense para mim. O filme não falava sobre o personagem, embora seja muito importante explorar um antagonista desses que é capaz de ameaçar o reinado inteiro, o filme só te fala que ela é muito malvada e poderosa. Parece que começamos o filme pela metade, e essa nova versão, Malévola, dá um início à história que a transforma completamente. Embora na cena em que comemoram a captura do príncipe, você nota, no desenho, um semblante de insatisfação na fada má. Porém, a releitura do filme explica de maneira bem verossímil o que gerou essa maldade no personagem. Além disso, o elenco é maravilhoso; Angelina Jolie, Elle Fanning, Imelda Staunton - a diretora da Ordem da Fênix -, Sam Riley - o ator que interpreta Ian Curtis no filme Control que eu comentei parecer com o Skandar Keynes -, Juno Temple e mais uma porrada de gente. Ambas as versões são fantásticas, acho que é essencial que caso você deseje assistir um, assista ao outro. Também existe uma versão australiana contemporânea, é bem mais realista, e acho que vai fugir um pouco do foco comentar sobre o filme.

E já mesclando no assunto, eu assisti tudo que existe sobre O Mágico de Oz. The Wizard of Oz, Journey Back to Oz, Wicked, versões sem áudio, Oz the Great and Powerful, The Wonderful Land of Oz, Oz, Return to Oz e The Dark Side Of The Rainbow que une The Wizard of Oz com o álbum The Dark Side of the Moon. Como é muita coisa eu só vou falar do que é mais importante. Eu sempre fui um amante da história de Oz, embora eu reconheça a origem ocultista do filme. A história mantém uma relação extrema com o livro Liber Oz de Aleister Crowley; o homem mais perverso do mundo, o mago de mil faces, o cara que sonhava em dançar com satã, o maior ocultista de todos os tempos, o muso da música Mr. Crowley e um coadjuvante na capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles. O livro é um tipo de conjunto de mandamentos ocultistas com um viés ideológico bastante anarquista e humanista. Ele mantém uma linha bastante similar com mandamentos bíblico ou ainda uma constituição. Talvez leve o leitor a pensar estar lendo um livro do Hitler, já que consegue manter uma linha tênue entre o autoritário, o intrigante e o persuasivo. Suas ideias vagam em mandamentos como "o Homem tem o direito de comer o que quiser; o Homem tem o direito de viver pela sua própria lei; o Homem tem o direito de pensar o que quiser;" e cada um dos elementos são empregados em cada um dos personagens. Aqueles que não sabem amar, pensar ou ter coragem. Além da capa do livro ser bastante similar com o rosto ilusório de Oz criado pelo mágico. Mesmo com as influências obscuras da história, eu sempre fui apaixonado pelo formato do filme, com a maneira que ele se desenvolve e as músicas. É de longe uma dos maiores contos da história cinematográfica. Além de ter lançado a incrivelmente talentosa Judy Garland. O filme dispensa comentários, então eu vou pular para as versões mais importantes. A primeira versão relevante do filme seria Return to Oz, que embora seja com a Dorothy - interpretada por outra atriz -, ele conta com outros personagens, com problema similares, mas que buscam a ajuda do Rei Nome. Que não é tão complacente quanto o OZ. O filme não é tão bem produzido, o elenco não é lá essas coisas, e nem a atuação. Mas o figurino, a fotografia e a realização do filme não deixam tanto a desejar. The Dark Side of the Rainbow é basicamente um vídeo que é bastante intrigante pois revela como o filme e o álbum possuem uma sincronia audiovisual incrível, além de diversas outras coincidências como a ponte por qual a Dorothy atravessa para chegar ao cartomante que possui um formato similar ao da capa do álbum do Pink Floyd  que também pode ser avaliado com a mudança de direção que o filme toma após o momento que Dorothy atravessa a ponte. É muito interessante, vale a pena dar uma conferida. O outro filme que quero falar é o mais recente "Oz: The Great and Powerful"; confesso que a única razão que me fez assistir o filme foi a trilha sonora com a Mariah Carey - que só ficou nos créditos - e acredito que tenha sido uma das poucas coisas que valeu a pena no filme. Digo, se talvez, o filme fosse independente eu até gostaria um pouco, mas Sam Raimi não conseguiu acompanhar o filme, e não fez nada que conseguisse honrar o nível de imaginação, criação e desenvolvimento literário da obra original. Dando uma pincelada na história, é apenas uma releitura do livro que conta a história do Mágico de Oz, desde sua chegada às terras de Oz até o momento em que ele derrota as bruxas más do oeste e do leste. Mas eu confesso que tenho uma apatia pelo James Franco, que interpreta o mágico, talvez pela sua similaridade por um conhecido, mas acho a atuação dele muito boa. Não é um critério relevante para recomendar o filme, mas se quiserem assistir... Dá pra passar o tempo. Wicked eu deixo para a sessão de musicais.

Além disso assisti 400 Blows um clássico Francês que conta a história de Antoine Doinel que se revolta com a educação totalitária e a rejeição de seus pais. O filme consiste em uma crítica bastante genérica à massa da sociedade que educa a futura geração com uma inversão de valores e deveres absurda. A supervalorização dos diplomas, a falta de afeto, de estímulo, atenção. As diferenças sociais e diversos outros âmbitos das sociedades francesas que estavam em conflito com revolucionários. Eu gostei bastante do filme, ele é bastante dinâmico e comunicativo, da pra se identificar bem com a história. O ritmo dele é muito gostoso, nada muito forçado e dá pra assistir mais de uma vez. Além da atuação do protagonista ser fantástica. Eu gosto de analisar atuação infantil, porque normalmente ela está numa linha tênue entre extremos. Ou muito boa ou péssima, e Jean‑Pierre Léaud é realmente muito convincente. Um outro que vi é Detachment que também é uma crítica à educação, mas agora da perspectiva de um professor substituto que tenta pelo menos manter sua classe em ordem já no século XXI americano. Eu dei uma pincelada bem breve nos filmes para não deixar o post enorme, mas eles são muito bons. Eles não tratam apenas desses assuntos, também tratam de ansiedade, insegurança, além de ser bastante pessoal em vários momentos. Os recomendo muito. Bom, tinha mais mil filmes pra falar, mas obviamente não vai dar pra colocar tudo em dia apenas hoje.


Sobre musicais eu vou falar em ordem de apreço mesmo. O primeiro é Wicked que é baseado em The Wizard of Oz só que na perspectiva da bruxa má do oeste, Elphaba. O elenco original é fantástico, Idina Menzel - a que canta Let it go - e Kristin Chenoweth. As músicas são muito bem compostas, tanto a letra quanto as melodias. Eu sou completamente apaixonado por Defying Gravity, provavelmente uma das minhas favoritas da Broadway. O roteiro, embora se trate de um dos maiores clássicos cinematográficos, ainda mantém o respeito pela obra original, e deixa claro que não se trata de um seguimento na mesma linha do clássico. É uma releitura não só com uma história diferente, mas num estilo muito mais contemporâneo, sádico e "Broadway". É um dos meus musicais favoritos, com certeza. Eu também assisti Les Misérables que como musical dispensa comentários, assim como em seu roteiro. Mas não só isso, o filme foi composto por um elenco fantástico, extremamente talentoso, e com uma fotografia maravilhosa, além de ter a minha favorita, Helena Bonham Carter e também com o Hugh Jackman - sim, o Wolverine canta. Confesso que no final do filme deu pra soar um pouco pelos olhos. Mas sendo sincero, se você não gosta de "cantarolia" em filme, eu não recomendaria, mas devia ouvir minha música favorita, On My Own. E além deles, eu assisti Fame, tanto a versão de 2009 quanto o clássico de 1980. Ambos seguem um estilo musical mais Hollywoodiano, eu gostei, fiquei apaixonado por Out Here On My Own, mas não entra nos meus favoritos. O roteiro é muito fraco, é para um público muito específico, e possui atores muito fracos na segunda versão. Outro musical que assisti foi Hair. Hair é um clássico de 1979 que retrata o movimento Hippie na Broadway, é com certeza um dos musicais mais revolucionários. Com casais inter-raciais, apologia às drogas, ao amor imoral e a falta de valores, o filme se tornou um clássico na lista dos musicais "proibidos". Eu fiquei apaixonado pelo filme, e eu procurei bastante e consegui uma filmagem da versão brasileira, que já perdi o link. Ambos são excelentes, possuem o roteiro muito bem estruturado, e já as músicas; além de serem a caráter exigem vocalistas poderosos e possuem uma melodia muito bem construída. Eu acredito que recomendo todos pra quem gosta de musicais, Hair já é mais pra qualquer um mesmo.

Já sobre séries, eu estou vendo Orange Is The New Black, uma série da Netflix que virou moda já faz um tempo - e não é sem razão. A série é muito boa, elétrica, e muito bem realizada. Se trata de uma prisão feminina que recebe Piper, uma mulher avulsa, que não é o perfil exato de uma presidiária, que se envolveu em um tráfico internacional de drogas e que agora tem que cumprir sua pena de 15 meses em um presídio de Nova York. A série se trata da adaptação da personagem com o novo ambiente. Se você curte Grey's Anatomy por causa das sapatão, vai com certeza, adorar. Na verdade qualquer um vai, a série é excelente. Além dela, assisti My Mad Fat Diary que é com certeza minha série favorita - receio já ter comentado aqui - que se trata de um diário da vida de Rae, uma adolescente de 16 anos que sofre de ansiedade, depressão e alguns outros transtornos psicológicos. Ela acaba de sair de uma clínica psiquiatrica e tenta se adaptar ao mundo novamente com uma 'gangue' que conhece através da sua melhor amiga, Chloe. A trilha sonora é de longe a melhor do universo inteiro. Tem Oasis, Radiohead, The Smiths, Joy Division, Blur, R.E.M e tudo o que há de bom. Eu recomendo pra qualquer um, ela é inspirada em uma história real - em um diário de uma mulher que relatava da sua perspectiva essa experiência de uma pessoa extremamente insegura em todos os aspectos que se esforça para desenvolver segurança em todos os ambientes que precise viver, além de desenvolver amor por si mesmo. Também estou assistindo SMASH, uma série musical que descreve o processo de criação de um musical sobre Marilyn Monroe e o desenvolvimento da carreira da protagonista, Karen. Acho que também só é bom pra quem curte musicais.

Sobre música eu tinha muita coisa pra falar. Petantonix, Sia, Radiohead, Panic!, Ariana Grande... Ah, muita coisa. Mas vou falar só do essencial. Hoje mesmo ouvi o novo álbum do Sopor Aeternus. Simplesmente fantástico, tem um "quê" que lembra do Children of The Corn, mas é bastante original, é mais independente e tem músicas maravilhosas. São álbuns sempre bem construídos. Métrica perfeita, até mesmo nos contra-tempos, melodia casando perfeitamente com a harmonia, além da pluralidade da voz da Ana. E estou apaixonado por If You Could Only Read My Mind, que até me lembrou Marli.

Outra coisa é o novo álbum da Amy Lee, Aftermath. O álbum é de longe a coisa mais singular da carreira da artista. O álbum segue um estilo mais experimental, alternativo, industrial e com alguns toques claros da sua personalidade musical que a consagrou como artista que é. A música que mais manifesta essa personalidade é Lockdown que é a favorita dos fãs. Embora muitos fãs não tenham agradado dessa mudança repentina de estilo - que foi apenas para realizar a trilha sonora de um filme -, eu acreditei muito no projeto e não me arrependi. Amy Lee não é apenas uma cantora, mas é multi-instrumentista e excelente produtora. E ela pode explorar bastante os seus talentos nesse novo álbum realizado com Dave Eggar. Você pode notar algumas falhas na métrica ou na harmonia, que soam meio proposital, um estilo mais Björk - inspiração da Amy Lee. A cantora, também, deu luz a seu filho Jack Lion Hartzler recentemente, e não comentou nada sobre o futuro de sua carreira. Embora tenha falado por cima que está cheia de projetos, não fala sobre o futuro da banda Evanescence, e não da certeza sobre sua continuidade. Embora tenha cantado algumas vezes o single Find a Way que sinceramente eu achei extremamente parecido - muito mesmo - com Uninvited da Alanis Morissette, que até agora, foi anunciado como do Evanescence, já que não entraria no álbum.

Falei muito, mas ainda faltou muita coisa. Vou fazer um post falando só sobre Cats que assisti, um especial sobre O Mágico de Oz - que falta muita coisa -, o post pessoal e sobre esses álbuns que estão falando, além dos livros. Dou um intervalo de 4 ou 3 dias de post para post. Até do que falei ainda estou insatisfeito. Mesmo tendo falado pra caramba. Bom, por agora é só isso, vou deixar o fanzine para o post pessoal mesmo! Bejomda